Na Madeira, a adesão dos trabalhadores à greve geral foi superior à de 22 de Março, com os primeiros dados a confirmar apenas a existência de serviços mínimos em muitos centros de saúde, assim como nos hospitais dos Marmeleiros e João Almada.
Na Câmara do Funchal houve 100 por cento de adesão dos trabalhadores da limpeza urbana, enquanto nos resíduos sólidos 60 por cento não compareceram ao serviço.
No grupo hoteleiro da Madeira há relatos de trabalho externo para colmatar a greve dos trabalhadores e na transportadora Horários do Funchal, dos cem autocarros que deveriam ter saída desde as 5 horas, só metade se fizeram à estrada. Na empresa de lacticínios ILMA a adesão à greve foi de 100 por cento, e muitas escolas do primeiro ciclo não abriram portas.
Na área da Justiça, a greve situou-se nos 51 por cento, com excepção do Tribunal Judicial de Porto Santo, que apenas garantiu os serviços mínimos. O Aeroporto da Madeira esteve inoperacional, das 6 às 16 horas, devido à insuficiência de meios de socorro.
O dia ficou ainda marcado por uma concentração de trabalhadores na Avenida Arriaga, no Funchal, onde foi aprovada uma moção, que mais tarde foi entregue na residência oficial do presidente do Governo Regional. «Alberto escuta, os trabalhadores estão em luta», «Contra a exploração, a luta é a solução» e «com políticas de direita o País não se endireita», foram algumas das palavras de ordem por todos gritadas. Durante o desfile, os trabalhadores entregaram uma cópia da moção na Assembleia Legislativa.
Nos Açores a greve também ultrapassou as expectativas, com paralisações dos trabalhares a acontecerem nas áreas da justiça, saúde, educação, administração local e transportes marítimos e aéreos. No Hospital de Ponta Delgada, por exemplo, muitos serviços registaram 100 por cento de adesão. Em Ponta Delgada os estudantes da Universidade dos Açores, em protesto contra os cortes na educação, juntaram-se à concentração promovida pela CGTP-IN. Iniciativas semelhantes ocorreram em Angra do Heroísmo e na Horta.